quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

LILABUNGALOW - SOM ALEMÃO PARA VIRAR O ANO









Da esquerda prá direita: Patrick, Dave e René.


Uma das melhores novidades lá de fora que ouvi este ano foi o trio alemão LILABUNGALOW

Comecei a conhecer o som deles quando vi a banda na programação do tradicional FESTIVAL DE JAZZ DE MONTREUX, realizado há 49 anos naquela cidade da Suíça

O grupo vem da cidade de ERFURT, 200 mil habitantes, capital do estado da Turíngia, bem no coração da ALEMANHA, fundada no ano de 742 e que teve grande importância comercial durante a Idade Média. É uma das cidades mais bonitas do país mais poderoso da Europa e também um conhecido centro cultural e universitário.

O LILABUNGALOW  tem sua base formada pelo cantor e multi-instrumentista PATRICK FÖLMER, o baixista DAVE BÖNSCH e o baterista RENÉ KOLDITZ, que produzem um som com influências do pop, funk, soul, música eletrônica, country e até pitadas de latinidade.

Em sua discografia estão o álbum de estreia de 2012, que leva o nome da banda; o segundo com o titulo de "PEACE TO GOLD", lançado na metade deste ano e ainda o EP "GIMME A CHICKEN SANDWICH".

Sem dúvida, um ótima trilha sonora para deixar rolar na virada do ano e vinda de um país que cada vez mais se mostra multi-cultural e aberto a influências de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil.








terça-feira, 22 de dezembro de 2015

VERÃO NA ESTAÇÃO DA LUZ





O VERÃO é tema de centenas de canções na Musica Brasileira, em todos os gêneros e estilos.

Mas nenhuma cabe tão bem neste momento como uma gravação de ALCEU VALENÇA, que deu título ao seu álbum lançado em 1985.

Basta ver as notícias para saber que no dia que a estação mais quente da temporada dá as caras, um dos marcos históricos da maior cidade o pais, onde funciona um dos museus mais visitados do mundo, sofre um incêndio terrível, provocado em grande parte pelo descaso das autoridades.

O verão poderia ter chegado de outra maneira na ESTAÇÃO DA LUZ.


sábado, 12 de dezembro de 2015

SINATRA NO MARACA


Levantei hoje com uma frase mortal do uruguaio ALCIDES EDGARDO GHIGGIA,  o ponta-direita da seleção do Uruguai de 1950 e responsável pelo gol do título mundial da celeste naquele ano.
"SOMENTE TRÊS PESSOAS SILENCIARAM O MARACANÃ: O PAPA, FRANK SINATRA E EU".
GHIGGIA morreu em Montevidéu, no dia 16 de julho deste ano com a alcunha de maior carrasco na história da seleção brasileira.
O papa em questão era JOÃO PAULO II, o polonês KAROL JÓSEF WOJTYLA, morto em 2005, que em sua última visita ao  Brasil, em outubro de 1997, rezou um missa naquele já foi o maior estádio do planeta..
E SINATRA, um dos maiores artistas de todos os tempos, faria hoje 100 ANOS.

O cantor americano se apresentou para um Maracanã lotado por 150 mil pessoas no dia 26 de janeiro de 1980, um sábado de calor sufocante no Rio.

Foi a primeira vez que o estádio que serviu de palco para os maiores jogadores do futebol abriu seus portões para um espetáculo de um mito da música mundial, para muitos o maior cantor de todos os tempos.



Apesar de tantas histórias, o próprio SINATRA considerava aquela noite na cidade de seu amigo TOM
JOBIM como o maior momento de sua trajetória.

FRANCIS ALBERT SINATRA nasceu em Hoboken, Estado de Nova Jersey e começou a cantar profissionalmente antes de completar 20 anos.

Era o começo de uma carreira absolutamente genial e de uma vida intensa onde se juntam canções inesquecíveis, atuações marcantes no cinema, belas mulheres e logicamente, algumas situações nebulosas, mas que jamais ofuscaram seu brilho único, de voz e interpretação perfeitas e sedutores olhos azuis.

Sua voz se calou fisicamente no dia 14 de maio de 1998. Tinha 82 anos.

SINATRA, obviamente, não é um artista da minha geração, mas quando comecei em rádio, em 1981, ele ganhava as paradas do mundo todo com uma gravação deliciosa, produzida pelo mago do pop, QUINCY JONES.

E é assim que gostaria de lembrar dele na data de seu centenário.




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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A CANÇÃO DO AMÉRICA



O futebol brasileiro já chegou a ter quatro times chamados AMÉRICA na primeira divisão.

O do Rio, o de Belo Horizonte, o de Natal e o de São José do Rio Preto. De todos eles, apenas o mineiro não usa as cores vermelho e branco.

Pois é justamente o AMÉRICA  belo-horizontino, oficialmente alviverde, que está de volta a Série A do Campeonato Brasileiro.

Em 2016, vamos ver novamente a linda camisa americana nos principais gramados do país.

Esta conquista tem que, obrigatoriamente, ser dedicada ao mais ilustre dos torcedores americanos: o compositor e poeta FERNANDO BRANT,  um  dos fundadores do CLUBE DA ESQUINA, falecido no dia 12 de junho deste ano.


BRANT,  criador de canções que se tornaram eternas nas mentes e nos corações brasileiros e mundiais, era um  grande americano, assim como outros músicos famosos de Minas, como TONINHO HORTA, FLÁVIO VENTURINI e TAVINHO MOURA, com quem compôs um hino para o clube de coração.

Salve o AMÉRICA! Viva FERNANDO BRANT.






sábado, 21 de novembro de 2015

GRÊMIO DE AZUL NO GRENAL. PORQUE NÃO?























O GRÊMIO bem que poderia entrar em campo amanhã, no Beira-Rio, no GRENAL 408, com a vistosa camisa azul, um dos grandes sucessos do ano nas lojas tricolores, com vendas surpreendentes.

Há pelo menos dois motivos para isso.

Primeiro: seria uma maneira do clube participar com grande visibilidade da campanha "NOVEMBRO AZUL", que durante todo este mês chama a atenção para um dos males que assombram o universo masculino, o temível câncer de próstata. Pensando como publicitário, é uma ação direta para um público que é mais do um alvo.

Além do mais, de uma forma ou de outra, o GRÊMIO jogará com seu uniforme principal descaracterizado. Desde que virou exigência obrigatória no futebol mundial  um clube não usar uma peça do uniforme, além da camisa, é óbvio, com cores semelhantes  as do adversário, tanto tricolores como colorados nunca mais disputaram um clássico com seus fardamentos intactos. Uma pena.

O segundo motivo, este sim, tem contornos históricos.

Foi com uma camisa azul clara, que o GRÊMIO, em 1975, conquistou uma de suas maiores vitórias na casa de seu mais tradicional rival.

Na fria noite do dia 23 de julho daquele ano, o tricolor fez 3 a 1 no forte time colorado que terminaria a temporada como campeão brasileiro.

O clássico número 218 entrou para a história como o "GRENAL DO ZEQUINHA", graças a uma partida sensacional do ponta-direita nascido em Minas Gerais que havia sido comprado ao Botafogo no ano anterior por uma quantia milionária e estava devendo uma grande atuação pelo seu novo clube. Ele simplesmente marcou os três gols tricolores.

Mais do que isso: a vitória serviu para quebrar o maior jejum gremista em Grenais de todos os tempos. Foram 18 jogos sem vencer o Inter.

Entrar com a camisa azul neste domingo seria uma forma de celebrar os 40 anos desta grande vitória tricolor.

Que tal?



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FUTEBOL E MÚSICA NO MAPA DE TODOS


Desta vez, por mera coincidência, o futebol e a música ocupam espaço ao mesmo tempo na agenda e no imaginário de vários brasileiros, especificamente dos porto-alegrenses.

Nesta quinta-feira começa a terceira rodada das Eliminatórias Sul-americanas para a COPA DO MUNDO de 2018, que será disputada na Rússia. Acertadamente, na maioria dos países do continente, a disputa futebolística entre as nove seleções nacionais é chamada de "Classificatória".

O maior destaque é o clássico entre ARGENTINA e BRASIL, às dez da noite, em Buenos  Aires, no Monumental de Nuñes, o estádio do atual campeão da Libertadores, o RIVER PLATE. Impossível não ver ou pelo menos acompanhar o desenrolar do jogo pelo celular, porque além de toda a rivalidade latente, há a volta de NEYMAR, em grande fase no Barça.


Enquanto a bola rola, em Porto Alegre estará sendo dado o pontapé inicial para a sexta edição do festival EL MAPA DE TODOS, que reunirá em três dias um pouco da intensa e diversificada produção musical da AMÉRICA DO SUL, que nós brasileiros, insistimos apenas em olhar discretamente, às vezes, nem isso.

Nos últimos 4 anos estive em diferentes países do continente e voltei na bagagem com interessantes referências musicais; portanto é uma baita chance de ver ao vivo artistas que estão tão perto, mas parecem que são de tão longe.

Desta vez, o EL MAPA DE TODOS terá três palcos distintos, uma para cada dia de shows.

A abertura será no THEATRO SÃO PEDRO com o ska pesado dos peruanos do VIEJA SKINA e o som climático de LAFAYETE E OS TREMENDÕES,  cariocas que recriarão clássicos da Jovem Guarda, ou dos tempos que o guarda era jovem. É diversão garantida.
Ingressos entre 20 e 40 reais.

Do Peru para POA: VIEJA SKINA

Na sexta 13, no SALÃO DE ATOS da  UFRGS, Uruguai, Brasil e Argentina, os três sul-americanos com títulos de campeões mundias, justificam a tradição futebolística na música e tocam com casa cheia, representados, respectivamente, por MILONGAS EXTREMAS, VÍTOR RAMIL e ONDA VAGA. Os ingressos estão esgotados.



O encerramento será no CENTRO HISTÓRICO-CULTURAL SANTA CASA, sábado, a partir das três da tarde, com uma verdadeira maratona musical de estilos e tendências. A entrada é franca e a previsão é de tempo seco na capital.
Confira a programação:

15:00 - IRMÃOS CARRILHO (dupla folk de Curitiba)
16:00 - ANA MUNIZ (Porto Alegre)
17:00 - CALDO DE PIABA (banda do Acre, criada em 2009)
18:00 - FRANÇOIS PEGLAU (musico peruano radicado em Londres)
19:00 - ALABÊ ÔNI - (Porto Alegre)
20:00 - LOS PIRATAS (grupo colombiano que reinventa a tradicional cumbia)




quinta-feira, 5 de novembro de 2015

TOM ZÉ: UM CORINTIANO FELIZ ATERRISSA EM PORTO ALEGRE


TOM ZÉ a própria felicidade.

Aos 79 anos, completados no último dia 11 de outubro, o baiano de Irará deve estar com o coração corintiano batendo a mil, prestes a comemorar mais um título brasileiro, que provavelmente deve acontecer no próximo domingo.

Mas antes disso, retorna à Porto Alegre, onde está o seu conterrâneo DIDA, goleiro colorado, com passagem pelo rival tricolor.

O alvinegro TOM ZÉ, se apresenta hoje no Salão de Atos da UFRGS, às 8 da noite, fechando a série "IRREVERENTES", do UNIMUSICA 2015 com o show "NO BURACO DA FECHADURA".

Os ingressos estão esgotados desde  a manhã de terça-feira. Tinha gente na fila desde as cinco da manhã e os porto-alegrenses correram para trocar um quilo de alimento por uma entrada para o espetáculo desta noite como se fossem os corintianos para ver o time treinado pelo gaúcho TITE jogar no Itaquerão.

Um show de TOM ZÉ é como uma partida de futebol, onde tudo pode acontecer, pois o cantor, compositor e músico radicado em São Paulo desde os anos 60 carrega em sua música elementos que também são bem visíveis no DNA futebolístico: irreverência, surpresa, talento, treinamento e originalidade.

Por isso suas apresentações são sempre tão concorridas, em qualquer região do país e do exterior. Se parte da mídia o despreza, o problema não é dele.

Do cérebro de TOM ZÉ pode sair uma jogada genial a qualquer momento e logicamente lances já conhecidos pelo seu público literalmente fiel.

O entrosamento tá garantido. No palco palco uma banda que joga junto com ele há uma década: DANIEL MAIA (guitarra); FELIPE ALVES (baixo); JARBAS MARIZ (cavaquinho e percussão); CRISTINA CARNEIRO (teclados) e FÁBlO ALVES (bateria).







sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A PRIMEIRA VEZ QUE VI MARADONA



Fazia uma calor infernal em Buenos Aires naquela tarde de 17 de março de 1996.

Por volta das 3 da tarde, entrei no ESTADIO TOMÁS ADOLFO DUCÓ,  no histórico bairro de Parque Patrícios, a casa HURACÁN, o "El Globito",  que dentro de uma hora enfrentaria o BOCA JUNIORS, pela segunda rodada do Torneio Clausura.

O BOCA tinha confirmados no ataque MARADONA e CANIGGIA , os responsáveis pela eliminação do BRASIL na Copa de 1990, na Itália.

Desta vez, os dois estavam juntos fora da seleção argentina.

Consegui um ingresso por muita sorte e graças a minha memória futebolística portenha. Um dia antes fui as bilheterias do estádio para tentar comprar uma entrada, mas já sabia que todos os ingressos ja estavam esgotados.

No caminho, dentro do ônibus comecei a conversar com um senhor de cabelos grisalhos sobre o grande time que o HURACÁN formou em 1973, Campeão Metropolitano, treinado por CESAR LUIS MENOTTI e com pelo menos três nomes que fizeram história no futebol argentino: o meia MIGUEL BRINDISI, o atacante CARLOS BABINGTON e o ponteiro RENÉ HOUSEMAN.



O tal senhor simpatizou muito comigo, batemos um longo papo no trajeto e chegando ao estádio me disse que trabalhava na secretaria do clube.

Tirou da carteira um ingresso e me disse que aproveitasse bem o domingo para ver um grande jogo e que voltasse ao Brasil com a melhor das impressões sobre o HURACAN.

Me lembrei desta partida, porque hoje DIEGO ARMANDO MARADONA completa 55 anos.
É um dos gênios do futebol nascidos em outubro, como PELÉ e GARRINCHA.

E também porque encontrei as imagens da primeira vez  que vi MARADONA.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

HÁ 50 ANOS, A GRANDE NOITE DE VOLMIR MAÇAROCA





Hoje faz 50 anos de umas das maiores vitórias da história do  GRÊMIO,  um dos grandes grandes jogos do ESTÁDIO OLÍMPICO.

Foi numa noite de quarta-feira, no dia 27 de outubro de 1965, que o tricolor massacrou o PALMEIRAS por 5 a 1, em Porto Alegre, em partida válida pela primeira fase das finais da TAÇA BRASIL, na época, a mais importante competição entre clubes do futebol brasileiro.

O GRÊMIO havia perdido a primeira partida para o alviverde paulistano , uma semana antes,  por 4 a 1, no Pacaembu, e precisava vencer de qualquer maneira para provocar um terceiro jogo extra. O saldo de gols não contava.

O que se viu no OLÍMPICO abarrotado por 51 mil torcedores foi uma partida memorável da equipe dirigida por CARLOS FRONER e uma atuação fantástica do ponta-esquerda VOLMIR.

O jovem ponteiro de apenas 21 anos foi o melhor jogador da partida e simplesmente "humilhou" o lateral-direito titular da seleção brasileira, o grande DJALMA SANTOS.

No final, 5 a 1 para esquadrão tricolor sobre a "Academia", como era chamado o PALMEIRAS, que dois meses antes havia representado a seleção brasileira em jogo contra o Uruguai, nos festejos de inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte.

O GRÊMIO seria eliminado pelos paulistas em partida extra disputada no Pacaembu, por 2 a 0.

Mas o que valeu mesmo, foi aquela vitória histórica e os cinco gols sofridos por um dos grandes times da história palmeirense, na maior atuação da carreira do meu amigo VOLMIR, o incrível MAÇAROCA, que daqui a uma semana vai completar 71 anos de vida e com certeza vai se lembrar desta noite inesquecível para os gremistas.

Renato Marsiglia, Batista, este blogueiro e o grande VOLMIR

27/10/1965
GRÊMIO 5 X 1 PALMEIRAS
Local: Olímpico - Porto Alegre (RS)
Renda: Cr$ 48.557.000,00
Público: 51.000 (recorde)
Juiz: Armando Marques
Gols: Alcindo 34' e 44', Volmir 48', Joãozinho 61' e 84' e Zequinha 71'
GRÊMIO: Arlindo; Altemir, Airton, Paulo Souza e Ortunho; Cleo e Sergio Lopes; Vieira, Alcindo, Joãozinho e Volmir.

Técnico: Carlos Froner
PALMEIRASP: Donáh; Djalma Santos, Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia (Zequinha); Julinho, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo.
Técnico: Mário Travaglini

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SALVE MILTON E BELCHIOR !



Dois craques da Música Brasileira fazem aniversário nesta segunda.

O carioca, mas mineiro de alma e coração, MILTON NASCIMENTO, completa 73 anos.

O cearense de Sobral,  BELCHIOR, chega aos 69.

Há vários pontos em comum nas suas obras.

O começo em festivais de música, as canções inspiradas em viagens pelo interior do país, a verve política e o interesse pela música latino-americana.

Ainda forneceram canções fundamentais para a voz de ELIS REGINA.

E também olharam com carinho para o futebol ao fabricarem dois grandes sucessos: "AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL", de 1970 e "DIVINA COMÉDIA HUMANA", de 1978.








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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

MEU TIO JOGOU COM PELÉ




Esta foto  está praticamente em todos os livros e documentários sobre PELÉ, apresentados e produzidos em várias partes do mundo.

Posso dizer que, pra  mim, a imagem é bem familiar.

O  segundo agachado, da esquerda pra direita, bem ao lado de PELÉ,  era meu tio VICTOR,  irmão de minha mãe, CLARICE.

Quando o pai de PELÉ,  DONDINHO, chegou a Bauru, vindo de Minas Gerais, para jogar no BAC (Bauru Atlético  Clube), foi morar ao lado da casa dos meus futuros avós. Não demorou muito para que houvesse uma aproximação entre as famílias.

Foi meu tio que convidou PELÉ  para fazer parte do RADIUM, o time de futebol de salão da foto, que em pouco tempo tornou-se uma sensação na cidade, com vitórias espetaculares e goleadas homéricas nos seus pobres adversários..

Dizem que meu tio era realmente muito bom de bola. Treinou no Corinthians, jogou no Juventus e depois em times do Paraná, como Londrina e Apucarana e também em pequenas equipes do interior paulista.

Uma grave contusão no joelho e um temperamento forte o impediram de prosseguir no futebol.

Me lembro uma vez,  em 1971, passava as férias de julho na casa do meus avós,  quando o carteiro chegou com um telegrama para o meu tio. Era da assessoria de PELÉ, que convidava  vários dos seus amigos de Bauru, para assistir com despesas pagas, a sua despedida com a camisa da seleção brasileira no Maracanã, contra a IUGOSLÁVIA,

Dez anos depois, quando fui morar em Bauru para trabalhar e estudar jornalismo, vez ou outra encontrava meu tio VICTOR no centro da cidade. Estava sempre rodeado de amigos, falando sobre futebol e com uma pasta onde levava os papéis de uma empresa de turismo do sul do país  para qual trabalhava.

Gostava de me apresentar para seus colegas como "meu sobrinho gremista" e me pedia para mostrar a carteira de sócio tricolor que sempre levava comigo.

Meu tio VICTOR foi bater sua bolinha lá em cima em 2002.

Conseguiu o que pouquíssimos conseguiram e muitos desejavam: jogar ao lado de PELÉ.

Hoje, no dia em que o mais famoso de todos os brasileiros completa 75 anos,  preferi lembrar de um amigo de infância do Rei.




quarta-feira, 14 de outubro de 2015

MIELE E A ARTE NO FUTEBOL




A quarta-feira de futebol começa com a triste notícia da morte de LUÍS CARLOS MIELE, aos 77 anos, depois de sentir uma mal súbito em sua casa na zona sul do Rio de Janeiro.

O paulistano que virou  carioca foi um dos artistas mais completos de todos os tempos no país, aquilo que se chamava de "showman", o verdadeiro.

Produziu, dirigiu, atuou, narrou, apresentou e presenciou vários dos momentos mais importantes da arte musical e teatral brasileira nas últimas seis décadas.

Era um coringa, um polivalente, como se diz no vocabulário da bola.

E MIELE tinha no futebol uma de suas grandes paixões.

Nascido em São Paulo, chegou a jogar no juvenil do Palmeiras, mas na época já começava a trabalhar na noite e acabou sendo aconselhado por um técnico argentino a investir no show-business.

O cenário futebolístico perdeu mais um Luiz Carlos, mas o  Brasil acabava de ganhar MIELE, que se tornaria uma grife do entretenimento nacional e um peladeiro nas horas vagas, requisitadíssimo para jogos entre artistas.


Nessa foto, tirada em 1975, aparece como o último em pé, em um time de artistas da música fardados com a camisa do  Fluminense, time do coração de CHICO BUARQUE, o organizador do jogo, que serviu de preliminar da decisão da Taça Guanabara, entre o tricolor carioca e o América.

MIELE também se inspirou no futebol para produzir um dos espetáculos mais vistos no circuito  Rio-São Paulo na década de 60: o aplaudidíssimo "PRIMEIRO TEMPO: 5 X 0".

Em 1966, ao lado de RONALDO BÔSCOLI, reuniu no palco a consagrada CLAUDETTE SOARES e o desconhecido TAIGUARA, acompanhados pelo fenomenal JONGO TRIO.



O musical recebeu este título para aproveitar a enorme euforia que tomava conta do país com o futebol e a expectativa de ver a  seleção brasileira conquistar o tricampeonato na Copa do Mundo da Inglaterra, disputada naquele ano. Afinal, tínhamos PELÉ e GARRINCHA,

O título não veio, a seleção fez um papelão na terra dos BEATLES,  mas "PRIMEIRO TEMPO: 5 X 0" permaneceu em cartaz por mais 3 anos, com algumas adaptações no repertório, que originalmente é impecável.

01 – Abertura – Samba tempo ( Marcos Vasconcellos – Pingarrilho)
02 – Canto de Ossanha (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
03 – Tempo (Mieli – Ronaldo Bôscoli) – A banca do destino (Billy Blanco)
04 – Tempo de humor (talk) – Civilização (Pingarrilho – Marcos Vasconcellos)
05 – Pra você (Silvio César) – Preciso aprender a ser só (Marcos Valle – Paulo Sergio Valle) – Estrada do sol (Tom Jobim – Dolores Duran)
06 – Mila (Roberto Menescal – Ronaldo Bôscoli)
07 – Tristeza (Haroldo Lobo – Niltinho)
08 – Soneto da separação (Vinicius de Moraes) – Apêlo (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
09 – Tempo de humor (talk)
10 – Por um amor maior (Ruy Guerra – Francis Hime)
11 – Tempo de 5 X 0 (talk) – Samba do carioca (Carlos Lyra – Vinicius de Moraes)


O LP com o show da primeira temporada foi gravado e lançado ainda em 1966.  É uma das grandes raridades da minha coleção de discos e assim que soube da morte de MIELE, me lembrei imediatamente desta preciosidade.

No mês de nascimento de grandes craques como PELÉ, MARADONA e GARRINCHA, o Brasil dá adeus um craque da música, do riso e da interpretação.



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O FUTEBOL DE JOHN LENNON



JOHN LENNON está em todas as mídias nesta sexta-feira.

Milhões de fãs celebram os 75 anos de nascimento do mais corajoso, polêmico e irascível dos quatro integrantes dos  BEATLES, a mais influente banda de todos os tempos.

LENNON nasceu numa cidade apaixonada por futebol e que tem um clube farto de história e uma torcida fanática. o LIVERPOOL F.C.

De uma forma ou de outra, o esporte mais  popular do planeta iria um dia aparecer em sua obra.

E foi na capa do disco "WALLS  AND BRIDGES", lançado em 1974.

Ele escolheu para ilustrar o seu terceiro disco solo um desenho sobre futebol, que havia feito no colégio, exatamente dez anos anos da banda ganhar todas as paradas do mundo com a inocente "LOVE ME DO".

O autor de "IMAGINE" e "MOTHER" usou como inspiração a decisão da FA CUP entre ARSENAL e NEWCASTLE, jogo que parou toda a Inglaterra, disputado no WEMBLEY STADIUM, completamente lotado, em 3 de maio de 1952.

No final, vitoria do alvinegro do norte inglês por 1 a 0, que recebeu a taça das mãos de WINSTON CHURCHILL, na época, o  poderoso primeiro-ministro do Reino Unido..

Confira as sensacionais imagens do jogo que inspirou um dos maiores compositores da música pop em todos os tempos.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

POA JAZZ FESTIVAL: MÚSICA BOA ACIMA DE TUDO



Toda cidade considerada geográfica e culturalmente importante deve ou deveria ter um festival de jazz.

É um parâmetro indicativo de que ali há possibilidade de apresentar a um público diversificado e interessado, nomes de um gênero em que a qualidade musical está acima de tudo, onde o que interessa mesmo é tocar bem.

Porto Alegre tem o seu e isto não é pouca coisa.

Em tempos de crise aguda, que não poupa economicamente nenhum brasileiro, a realização do festival é um ato de coragem e visão de gente  que sabe que música boa é trilha reconfortante para qualquer momento.

Começa nesta quinta-feira a segunda edição do POA JAZZ FESTIVAL, o evento musical mais eclético e acessível  da capital gaúcha, berço de grandes músicos que estão aí tocando com alguns dos craques da Música  Brasileira  e mostrando sua arte em várias partes do mundo.

A largada foi com o curto e emocionante show em tributo a MILTON NASCIMENTO  no Parque da Redenção, num domingo típico de primavera, solar como a música do nome catalizador do Clube da Esquina.


E a partir de hoje, começa a série de shows no BARRASHOPPINGSUL divididos em quatro noites, cada uma delas com três atrações.

Logo mais, às oito e meia, exatamente no mesmo momento em que o Brasil estreia nas Eliminatórias da Copa de 2018, contra o Chile, em Santiago, os primeiros acordes do violão pampeiro do argentino LUCIO YANEL serão ouvidos no palco montado no aconchegante Centro de Eventos do shopping, que permite uma rara proximidade entre artista e público.




Em seguida vem PEDRO TAGLIANI, violonista e guitarrista que integrou  o RAIZ DE PEDRA, grupo criado em Porto Alegre nos anos 80 e que até hoje é referência na música instrumental brasileira. Depois de uma longa temporada na Europa, o músico retornou ao país e agora apresenta suas composições com seu quarteto formado por MICHEL DORFMAN, MARQUINHOS FÊ e LUCAS ESVAEL.




E para fechar a noite, direto dos Estados Unidos, o guitarrista novaiorquino JONATHAN KREISBERG, acompanhado por um timaço: WILL VINSON, no sax; RICK ROSATO, no baixo e MARK FERBE, nas baquetas.

A programação completa está em facebook.com/portoalegrejazzfestival
Ingressos: 60 reais por noite
Meia-entrada: 30 reais.
Vendas: ingressorapido.com.br e bilheterias no Centro de Eventos BarrashoppingSul



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O OUTUBRO DE MILTON



Não poderia ser mais emblemática e bem escolhida a  vinda de MILTON NASCIMENTO à Porto Alegre neste domingo, para abrir a programação oficial do 2º POA JAZZ FESTIVAL, a partir das 4 da tarde, no Parque da Redenção.

No mesmo horário o GRÊMIO vai estar enfrentando lá em Belo Horizonte, o CRUZEIRO, time de coração do cantor e compositor, que já fez até música para um dos grandes craques da história do clube mineiro, o pequeno e mágico TOSTÃO.

Vários lugares da capital gaúcha estarão vazios na tarde de domingo, pois muita gente vai mesmo estar nos arredores do Bom Fim  para ver o show que vai  prestar tributo a  um dos maiores, mais importantes e influentes nomes de todos os tempos no país da música.

 Será uma grande celebração que também vai contar com músicos e cantores gaúchos, coisa que MILTON  gosta muito - e como gosta - de reunir em torno de si,  artistas de todas as vertentes musicais, que nada mais é do que o espírito natural do jazz.

O primeiro domingo de outubro primaveril na mais arborizada das capitais brasileiras promete ser histórico.

É o outubro de MILTON NASCIMENTO.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ELE FAZ CINEMA - VEM AÍ O FILME SOBRE CHICO BUARQUE




Essa foto é só para apimentar o duelo decisivo desta noite na ARENA DO GRÊMIO.

CHICO BUARQUE, o mais ilustre dos torcedores do FLUMINENSE, com a  camisa do imortal tricolor gaúcho numa pelada entre artistas e produtores que participaram do FESTIVAL DE GRAMADO em 1986,

A semana será especial para os milhões de fãs do cantor, compositor e escritor carioca.

Na sexta-feira será exibido pela primeira vez o documentário "CHICO - ARTISTA BRASILEIRO", que conta a trajetória de um gênios da raça brasileira.

O longa do cineasta MIGUEL FARIA JÚNIOR abre, às 19:15, no Cine Odeon, mais uma edição do tradicional FESTIVAL DO RIO.

É bem provável que o filme se transforme no documentário mais visto da história do cinema no país, superando "VINICIUS", do mesmo diretor, que teve público estimado de 300 mil espectadores.






quarta-feira, 23 de setembro de 2015

9 TO 5 - DOLLY PARTON E LEWANDOWSKY



Gosto muito de vincular algum acontecimento importante do futebol a uma música.

É um exercício mental saboroso e que traz à tona, canções esquecidas ou até mesmo desconhecidas.

O que se passou ontem  na imponente ALIANZ ARENA de Munique, durante o jogo entre o BAYERN e o WOLFSBURG, pela sexta rodada da BUNDESLIGA, prova porque o futebol é mesmo apaixonante e um dos terrenos mais favoráveis ao imponderável.

ROBERT LEWANDOWSKY, atacante polonês do time bávaro, estava no banco e entrou no intervalo para tentar mudar o rumo da partida em que sua equipe perdia por 1 a 0.

Ele fez muito mais do que isso.

LEWANDOWSKY marcou CINCO GOLS em NOVE MINUTOS.

E fez história, quebrando uma série de recordes, entre eles, a de se tornar o único jogador da história do futebol que não começou uma partida como titular e chegou a esta marca incrível.

NINE TO FIVE.

Impossível não lembrar do grande sucesso da americana DOLLY PARTON, que também entrou para a história, da música pop.

Composta originalmente pela escocesa SHEENA EASTON,  "9 to 5" foi gravada em 1980 e  incluída na trilha sonora do filme "COMO ELIMINAR SEU CHEFE",  onde DOLLY também atua como atriz.

A faixa chegou ao primeiro lugar no "HOT 100" da revista "Billboard" e indicada ao prêmio  Grammy em cinco categorias, faturando quatro estatuetas.

Essa vai pra ti, LEWANDOWSKY.




terça-feira, 22 de setembro de 2015

GONZAGUINHA 70 - OBRA CADA VEZ MAIS ATUAL



LUIZ GONZAGA JÚNIOR faria hoje 70 anos.

E faz grande falta, uma lacuna impreenchível na Música Brasileira,  já que poucos compositores criaram uma obra com temas tão vastos e abrangentes como a deste carioca nascido em 22 de setembro de 1945.

GONZAGUINHA compôs e cantou sobre tudo:  amor, esperança, tristeza, alegria, estrada, futebol e principalmente sobre as coisas do povo brasileiro,  muitas vezes de forma direta, noutras  com uma de suas principais características, a abordagem irônica e corrosiva de temas do cotidiano.

Sofreu muito por isso, em constantes embates com  "os hómi" da censura, que foram driblados divinamente com metáforas espertas e lisas.

Mas nunca deixou de cantar o que estava vendo e sentindo, com sua antena sagaz e criativa.

Alguns momentos  mostram uma incrível atualidade na obra de GONZAGUINHA, como se tivessem sido compostas nos últimos meses.

Tive a sorte de vê-lo ao vivo em 4 oportunidades e em uma delas fui entrevistá-lo depois do show.

Salve, GONZAGUINHA!.


1)"Comportamento Geral"   -  1973



"É" - 1988


"E por falar no Rei Pelé" - 1978


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MARINA, SEMPRE MUTANTE, CHEGA AOS 60



MARINA  é a mais mutante de todas as figuras carimbadas da Música  Brasileira.

Sua vida é uma eterna mudança: nasceu em Campo Maior, interior do  Piauí; foi criada em Washington, capital dos Estados Unidos; é uma carioca da gema e mora em São Paulo.

Basta ver as capas de seus discos. É um não à mesmice, ao óbvio,



 Iniciou sua trajetória musical em 1979 e de lá pra cá mudou de visual várias vezes, de instrumento, de voz, de cidade, de país, de parceiros musicais, sempre com um estilo único e original, que a faz uma das artistas mais importantes e completas de sua geração.

MARINA CORREIA LIMA completa hoje 60 anos como uma referência pop, um símbolo sexy e musical, envolvido em uma camada de sucessos que permanecem intactos ao tempo.

Difícil (como diz em um de seus hits, de 1986, do disco "TODAS"), escolher uma música que traduza esta virginiana inquieta e decidida.

A minha preferida é "A CHAVE DO MUNDO", que traz o verso que dá título ao seu disco de estreia  "SIMPLES COMO FOGO".

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

FRANZ BECKENBAUER - O KAISER CANTOR FAZ 70



Mais um gênio da bola chega aos 70 anos.

Agora é a vez de FRANZ BECKENBAUER, o maior jogador da história do poderoso e respeitado futebol alemão, com quatro Copa do Mundo na bagagem, a última delas ainda bem fresca, conquistada ano passado em gramados brasileiros.

Neste 11 de setembro, o "Kaiser", campeão mundial como jogador e capitão em 1974 e técnico em 1990, completa sete décadas de uma vida praticamente toda dedicada ao futebol.

Para resumir: BECKENBAUER é o PELÉ da Alemanha.

Os dois, inclusive, jogaram juntos nos Estados Unidos, no milionário e visionário NEW YORK COSMOS, em 1977.



Assim como o "REI", o alemão nascido em MUNIQUE também tem um flerte fatal com a música, embora tenha uma proporcional diferença de importância, comparada a carreira de cantor e compositor do maior craque brasileiro.

PELÉ gravou até com ELIS REGINA, mas BECKENBAUER também fez sucesso em seu país, com gravações que antecederam dois Mundiais, onde a ALEMANHA  foi para a final: em 1966, na Inglaterra e em 1974, quando foi campeã dentro de casa.

Nesta sexta-feira, já em clima de OKTOBERFEST em sua terra natal,  herr BECKENBAUER pode cantar à vontade.

Alles gute zum geburtstag, Franz!



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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

OLHA O MENINO




É a foto da semana, do ano, da década.

A imagem do menino sírio de 3 anos, encontrado morto numa praia da Turquia, registrada pela fotógrafa NILUFER DEMIR,  chocou e provocou as mais diferentes reações em todas as partes do mundo.

Quando vi, me lembrei uma música do JORGE BEN,  lançada no disco "O BIDU (SILÊNCIO NO BROOKLIN", de 1967, mas que ganhou notoriedade mesmo dez anos depois, quando foi regravada por CAETANO VELOSO, no álbum "BICHO".

Não deixa de ser uma canção alegre, como é a característica do cantor e compositor carioca, mas uma parte da letra, talvez, resuma bem este momento.

"Há seis mil anos o homem vive feliz
Fazendo guerras e asneiras
Há seis mil anos Deus perde tempo
Fazendo flores e estrelas"

Confira a gravação do disco de CAETANO e também o clipe da música, exibido na época pelo programa "Fantástico",  da Rede Globo.









quinta-feira, 3 de setembro de 2015

45 ANOS DEPOIS, O VASCO REPETE A DOSE




Coitado do VASCO.

A imagem que abre este post é de 2008 e tem tudo para se repetir este ano.

A campanha do time no Campeonato Brasileiro de 2015 é dramaticamente inacreditável.

O poço não tem mais fundo, é um pré-sal de desesperança.

Bem feito! Diriam os torcedores adversários. Quem mandou eleger de novo o Eurico Miranda.

Tenho dó mesmo dos vascaínos ilustres, boa parte deles, gênios da Música Brasileira.

Como devem estar se sentindo neste momento amargo PAULINHO DA VIOLA, ALDIR BLANC, GUINGA, ERASMO CARLOS, LUIZ MELODIA, MARTINHO DA VILA, NELSON SARGENTO, FRANCIS HIME, TERESA CRISTINA, FERNANDA ABREU; e lá no céu, NOEL ROSA, CELSO BLUES BOY e outros tantos.

Pior que o VASCO, só mesmo o CAXIAS, único time sem vitória na Série C, onde o BRASIL, de PELOTAS e o JUVENTUDE lutam para que o Rio Grande do Sul tenha finalmente um representante na Segunda Divisão.

Mas o que chama mais a atenção na campanha deste ano do VASCO é a incrível coincidência com a temporada de 1970.

Naquele ano dourado para o futebol brasileiro, o clube amargava o maior jejum de sua história: 11 anos sem títulos; o último tinha sido em outro ano inesquecível do nosso futebol, o de 1958,  quando os vascaínos conquistaram o famoso "Supercampeonato".

Em 1970, o Maracanã fervia aos domingos.

O BOTAFOGO era uma das bases da Seleção  Brasileira; o FLAMENGO tinha um time forte e entrosado; e o FLUMINENSE, terminaria aquele ano como  Campeão Brasileiro.

E ainda havia o AMÉRICA, com EDU COIMBRA, TARCISO e BADECO.

O VASCO  corria por fora com um time modesto, mas muito bem treinado por ELBA DE PÁDUA LIMA, o TIM,  um dos técnicos mais injustiçados da história do futebol brasileiro e conhecido como um grande estrategista. .

E acabou campeão carioca, terminando sua longa agonia.



O time da Colina foi para o ROBERTÃO, o Campeonato  Brasileiro da época, com grandes expectativas, ainda sob a euforia da conquista do título estadual.

E terminou a competição em último lugar, com uma campanha ridícula: em 16 jogos foi derrotado 11 vezes, empatou 3 partidas e venceu apenas 2 jogos. Saldo negativo de 12 gols.

45 anos depois, a situação é muito parecida, diria quase idêntica, porém há um tal de rebaixamento, fantasma que vem transformando São Januário em sua casa preferida.
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Em 2015, o VASCO conquistou o Campeonato Carioca depois de 11 anos sem o título estadual e a diretoria do clube achou que não precisava  reforçar o time para o longo Campeonato Brasileiro.

O clube cruzmaltino é dono de todos os balanços negativos da competição.

Pior ataque, pior defesa, três vitórias em 22 jogos e o mais absurdo: balançou as redes apenas oito vezes e fecha a rodada com saldo negativo de 33 gols.

O pior: ninguém mais acredita numa reviravolta. Talvez nem aquele cidadão que na foto acima aparece com suspensório, um acessório usado na moda para suspender as calças e mantê-las na mesma altura e posição.




terça-feira, 25 de agosto de 2015

OS ALEMÃES E SUAS CANÇÕES....DE FUTEBOL




A ALEMANHA mais uma vez dita o ritmo no futebol.

A WDR, uma das importantes redes de comunicação do país mais poderoso da Europa, com excelentes emissoras de rádio e televisão, produziu uma  série de vídeos inspirados nos principais clubes de futebol do país.

As canções cantadas nas arquibancadas por suas fanáticas torcidas, tiveram o luxuoso acompanhamento da orquestra da emissora, a  WDR Funkhausorchester.

A incrível torcida do BORUSSIA DORTMUND, responsável pela maior média de público do planeta, superior a 80 mil pessoas por jogo, dá um verdadeiro show.

Em menos de 24 horas, o vídeo dos auri-negros foi visto por mais de 200 mil pessoas.

Quem um dia já esteve num estádio lotado, certamente vai se emocionar.

No site WDR.de  estão  disponíveis os vídeos produzidos para os outros clubes da BUNDESLIGA.





AMIZADE SINCERA: FITO & MOSKA




Sinceramente: os dois estão bem na foto.

A amizade entre FITO PAEZ e MOSKA  é selada em forma de canções, todas inéditas, no disco, anunciado desde o final do ano passado e que acaba de ser lançado oficialmente com o título de "LOCURA TOTAL".

É a prova sonora da admiração que um tem pelo outro, assim como no futebol, onde brasileiros e argentinos se nutrem de respeito mútuo, em meio a uma falsa atmosfera de rivalidade ferrenha e odiosa.

A música tem outra função e os dois artistas estão aí para mostrar  que se torna cada vez mais necessária a aproximação da cultura brasileira com a outros povos que não falam português em nosso continente.

A capa já apresenta o clima em que foi criada esta a primeira parceria entre  FITO e MOSKA.




O carioca e o rosarino apresentados em tropicalíssima estampa na praia de Troncoso, na Bahia.

A primeira música de trabalho é a faixa que abre o disco: "HERMANOS".

Golazo!



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O ADEUS DE CEJAS: O GOLEIRO DO ÚLTIMO TÍTULO DE PELÉ



SANTOS, campeão paulista de 1973. O último título da carreira de PELÉ.

O primeiro da foto é  o argentino AGUSTIN MARIO CEJAS, um dos mais elegantes goleiros da história do futebol sul-americano.

CEJAS (pronuncia-se "cêrras)  morreu hoje, aos 70 anos,  em Buenos Aires, vitimado pelo Mal de Alzheimer.

Seu nome será lembrado principalmente pelos fanáticos torcedores do RACING, o primeiro clube argentino a se tornar Campeão Mundial Interclubes,  em 1967.

Era um timaço, que também  contava com ROBERTO PERFUMO

Os dois chegariam praticamente juntos ao futebol brasileiro. 

O goleiro para o SANTOS e o zagueiro para o CRUZEIRO,  de TOSTÃO e DIRCEU LOPES.

Também em 1973, ano que conquistou o título paulista com o "Rei do Futebol", CEJAS foi considerado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro  pela revista "Placar", ao lado o zagueiro uruguaio ANCHETA, do GRÊMIO, na primeira edição da "Bola de Ouro",  promovida pela tradicional publicação da Editora Abril.

Três anos depois, os dois estariam juntos no tricolor gaúcho, na forte equipe comandada por PAULO LUMUMBA, no Gauchão e. posteriormente. por TELÊ SANTANA.

Depois de apenas uma temporada no capital gaúcha, CEJAS voltaria para a Argentina para defender o clube o revelou e, em seguida, encerrar a carreira no RIVER PLATE, em 1981.

Hasta la vista, AGUSTIN.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

OS ARTILHEIROS BRASILEIROS DA BUNDESLIGA




Começa nesta sexta-feira a BUNDESLIGA,  o cada vez mais valorizado CAMPEONATO ALEMÃO,  maior média de público do futebol mundial, com incríveis 43.173 espectadores por partida na temporada 2014/2015.


A presença de jogadores do Brasil na organizada liga alemã, principalmente a partir dos anos 1990, se tornou constante em praticamente todas as posições, com ligeira vantagem para os atacantes nascidos aqui.

 Em 52 temporadas, apenas quatro brasileiros fecharam o ano como artilheiros da competição.

O primeiro a se tornar goleador da BUNDESLIGA foi AMOROSO.



Na título do BORUSSIA DORTMUND, em 2001/2002, o atacante nascido em Brasília e revelado pelo GUARANI, marcou 18 GOLS,  empatado com MARTIN MAX, do hoje decadente TSV MÜNCHEN 1860.

Na temporada seguinte, foi a vez de GIOVANE ÉLBER,



O londrinense nascido em 1972, saiu do interior do Paraná para se tornar um dos grandes ídolos do maior clube alemão: o poderoso BAYERN.

No time de Munique, se tornou o artilheiro do campeonato 2002/2003, com 21 GOLS, mas teve a companhia do dinamarquês THOMAS CHRISTIANSEN, jogador do pequeno BOCHUM.

ÉLBER é também o brasileiro com o melhor aproveitamento de gols na história da maior competição do futebol alemão.

Está em vigésimo lugar na lista dos maiores artilheiros, com 133 GOLS em 260 partidas, com as camisas do BAYERN e do STUTTGART e média de 0.511 por jogo.

O maior de todos é GERD MÙLLER. O baixinho que se tornou o terceiro maior artilheiro da história das COPAS, superado apenas por KLOSE e RONALDO, tem uma performance incrível como jogador do BAYERN:  365 GOLS em 427 jogos. Isto dá a fantástica média de 0.854 por partida.

Outro brasileiro que ficou famoso por balançar as redes em gramados alemães foi o AÍLTON.



O paraibano de Mogeiro, tem uma das trajetórias mais surpreendentes de um atleta brasileiro no exterior.

Começou a carreira no YPIRANGA de ERECHIM, no Rio Grande do Sul, passou pelo INTER, MOGI MIRIM,  GUARANI, SANTA CRUZ e TIGRES, do México, até desembarcar na ALEMANHA e virar herói pelo WERDER BREMEN.

Ninguém marcou mais gols do que AÍLTON na temporada 2003/2004 da BUNDESLIGA.

Foram 28 vezes que a redes balançaram com a marca do brasileiro, no último titulo do tradicional clube do norte alemão.

28 também é a marca do último brasileiro a se tornar TORSCHÜTZENKÖNIG do campeonato alemão: o paulista EDINALDO BATISTA LIBÂNIO, o GRAFITE.

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Na temporada 2008/2009, seus gols levaram o modesto WOLFSBURG a seu único e surpreendente título.

E com o mais belo gol marcado por um jogador brasileiro em toda a história da BUNDESLIGA, na inesquecível vitória de 5 a 1 do time da terra da Volkswagen contra o gigante BAYERN.

https://youtu.be/YJIAHORk2Kc