segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A CANÇÃO DO AMÉRICA



O futebol brasileiro já chegou a ter quatro times chamados AMÉRICA na primeira divisão.

O do Rio, o de Belo Horizonte, o de Natal e o de São José do Rio Preto. De todos eles, apenas o mineiro não usa as cores vermelho e branco.

Pois é justamente o AMÉRICA  belo-horizontino, oficialmente alviverde, que está de volta a Série A do Campeonato Brasileiro.

Em 2016, vamos ver novamente a linda camisa americana nos principais gramados do país.

Esta conquista tem que, obrigatoriamente, ser dedicada ao mais ilustre dos torcedores americanos: o compositor e poeta FERNANDO BRANT,  um  dos fundadores do CLUBE DA ESQUINA, falecido no dia 12 de junho deste ano.


BRANT,  criador de canções que se tornaram eternas nas mentes e nos corações brasileiros e mundiais, era um  grande americano, assim como outros músicos famosos de Minas, como TONINHO HORTA, FLÁVIO VENTURINI e TAVINHO MOURA, com quem compôs um hino para o clube de coração.

Salve o AMÉRICA! Viva FERNANDO BRANT.






sábado, 21 de novembro de 2015

GRÊMIO DE AZUL NO GRENAL. PORQUE NÃO?























O GRÊMIO bem que poderia entrar em campo amanhã, no Beira-Rio, no GRENAL 408, com a vistosa camisa azul, um dos grandes sucessos do ano nas lojas tricolores, com vendas surpreendentes.

Há pelo menos dois motivos para isso.

Primeiro: seria uma maneira do clube participar com grande visibilidade da campanha "NOVEMBRO AZUL", que durante todo este mês chama a atenção para um dos males que assombram o universo masculino, o temível câncer de próstata. Pensando como publicitário, é uma ação direta para um público que é mais do um alvo.

Além do mais, de uma forma ou de outra, o GRÊMIO jogará com seu uniforme principal descaracterizado. Desde que virou exigência obrigatória no futebol mundial  um clube não usar uma peça do uniforme, além da camisa, é óbvio, com cores semelhantes  as do adversário, tanto tricolores como colorados nunca mais disputaram um clássico com seus fardamentos intactos. Uma pena.

O segundo motivo, este sim, tem contornos históricos.

Foi com uma camisa azul clara, que o GRÊMIO, em 1975, conquistou uma de suas maiores vitórias na casa de seu mais tradicional rival.

Na fria noite do dia 23 de julho daquele ano, o tricolor fez 3 a 1 no forte time colorado que terminaria a temporada como campeão brasileiro.

O clássico número 218 entrou para a história como o "GRENAL DO ZEQUINHA", graças a uma partida sensacional do ponta-direita nascido em Minas Gerais que havia sido comprado ao Botafogo no ano anterior por uma quantia milionária e estava devendo uma grande atuação pelo seu novo clube. Ele simplesmente marcou os três gols tricolores.

Mais do que isso: a vitória serviu para quebrar o maior jejum gremista em Grenais de todos os tempos. Foram 18 jogos sem vencer o Inter.

Entrar com a camisa azul neste domingo seria uma forma de celebrar os 40 anos desta grande vitória tricolor.

Que tal?



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FUTEBOL E MÚSICA NO MAPA DE TODOS


Desta vez, por mera coincidência, o futebol e a música ocupam espaço ao mesmo tempo na agenda e no imaginário de vários brasileiros, especificamente dos porto-alegrenses.

Nesta quinta-feira começa a terceira rodada das Eliminatórias Sul-americanas para a COPA DO MUNDO de 2018, que será disputada na Rússia. Acertadamente, na maioria dos países do continente, a disputa futebolística entre as nove seleções nacionais é chamada de "Classificatória".

O maior destaque é o clássico entre ARGENTINA e BRASIL, às dez da noite, em Buenos  Aires, no Monumental de Nuñes, o estádio do atual campeão da Libertadores, o RIVER PLATE. Impossível não ver ou pelo menos acompanhar o desenrolar do jogo pelo celular, porque além de toda a rivalidade latente, há a volta de NEYMAR, em grande fase no Barça.


Enquanto a bola rola, em Porto Alegre estará sendo dado o pontapé inicial para a sexta edição do festival EL MAPA DE TODOS, que reunirá em três dias um pouco da intensa e diversificada produção musical da AMÉRICA DO SUL, que nós brasileiros, insistimos apenas em olhar discretamente, às vezes, nem isso.

Nos últimos 4 anos estive em diferentes países do continente e voltei na bagagem com interessantes referências musicais; portanto é uma baita chance de ver ao vivo artistas que estão tão perto, mas parecem que são de tão longe.

Desta vez, o EL MAPA DE TODOS terá três palcos distintos, uma para cada dia de shows.

A abertura será no THEATRO SÃO PEDRO com o ska pesado dos peruanos do VIEJA SKINA e o som climático de LAFAYETE E OS TREMENDÕES,  cariocas que recriarão clássicos da Jovem Guarda, ou dos tempos que o guarda era jovem. É diversão garantida.
Ingressos entre 20 e 40 reais.

Do Peru para POA: VIEJA SKINA

Na sexta 13, no SALÃO DE ATOS da  UFRGS, Uruguai, Brasil e Argentina, os três sul-americanos com títulos de campeões mundias, justificam a tradição futebolística na música e tocam com casa cheia, representados, respectivamente, por MILONGAS EXTREMAS, VÍTOR RAMIL e ONDA VAGA. Os ingressos estão esgotados.



O encerramento será no CENTRO HISTÓRICO-CULTURAL SANTA CASA, sábado, a partir das três da tarde, com uma verdadeira maratona musical de estilos e tendências. A entrada é franca e a previsão é de tempo seco na capital.
Confira a programação:

15:00 - IRMÃOS CARRILHO (dupla folk de Curitiba)
16:00 - ANA MUNIZ (Porto Alegre)
17:00 - CALDO DE PIABA (banda do Acre, criada em 2009)
18:00 - FRANÇOIS PEGLAU (musico peruano radicado em Londres)
19:00 - ALABÊ ÔNI - (Porto Alegre)
20:00 - LOS PIRATAS (grupo colombiano que reinventa a tradicional cumbia)




quinta-feira, 5 de novembro de 2015

TOM ZÉ: UM CORINTIANO FELIZ ATERRISSA EM PORTO ALEGRE


TOM ZÉ a própria felicidade.

Aos 79 anos, completados no último dia 11 de outubro, o baiano de Irará deve estar com o coração corintiano batendo a mil, prestes a comemorar mais um título brasileiro, que provavelmente deve acontecer no próximo domingo.

Mas antes disso, retorna à Porto Alegre, onde está o seu conterrâneo DIDA, goleiro colorado, com passagem pelo rival tricolor.

O alvinegro TOM ZÉ, se apresenta hoje no Salão de Atos da UFRGS, às 8 da noite, fechando a série "IRREVERENTES", do UNIMUSICA 2015 com o show "NO BURACO DA FECHADURA".

Os ingressos estão esgotados desde  a manhã de terça-feira. Tinha gente na fila desde as cinco da manhã e os porto-alegrenses correram para trocar um quilo de alimento por uma entrada para o espetáculo desta noite como se fossem os corintianos para ver o time treinado pelo gaúcho TITE jogar no Itaquerão.

Um show de TOM ZÉ é como uma partida de futebol, onde tudo pode acontecer, pois o cantor, compositor e músico radicado em São Paulo desde os anos 60 carrega em sua música elementos que também são bem visíveis no DNA futebolístico: irreverência, surpresa, talento, treinamento e originalidade.

Por isso suas apresentações são sempre tão concorridas, em qualquer região do país e do exterior. Se parte da mídia o despreza, o problema não é dele.

Do cérebro de TOM ZÉ pode sair uma jogada genial a qualquer momento e logicamente lances já conhecidos pelo seu público literalmente fiel.

O entrosamento tá garantido. No palco palco uma banda que joga junto com ele há uma década: DANIEL MAIA (guitarra); FELIPE ALVES (baixo); JARBAS MARIZ (cavaquinho e percussão); CRISTINA CARNEIRO (teclados) e FÁBlO ALVES (bateria).







sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A PRIMEIRA VEZ QUE VI MARADONA



Fazia uma calor infernal em Buenos Aires naquela tarde de 17 de março de 1996.

Por volta das 3 da tarde, entrei no ESTADIO TOMÁS ADOLFO DUCÓ,  no histórico bairro de Parque Patrícios, a casa HURACÁN, o "El Globito",  que dentro de uma hora enfrentaria o BOCA JUNIORS, pela segunda rodada do Torneio Clausura.

O BOCA tinha confirmados no ataque MARADONA e CANIGGIA , os responsáveis pela eliminação do BRASIL na Copa de 1990, na Itália.

Desta vez, os dois estavam juntos fora da seleção argentina.

Consegui um ingresso por muita sorte e graças a minha memória futebolística portenha. Um dia antes fui as bilheterias do estádio para tentar comprar uma entrada, mas já sabia que todos os ingressos ja estavam esgotados.

No caminho, dentro do ônibus comecei a conversar com um senhor de cabelos grisalhos sobre o grande time que o HURACÁN formou em 1973, Campeão Metropolitano, treinado por CESAR LUIS MENOTTI e com pelo menos três nomes que fizeram história no futebol argentino: o meia MIGUEL BRINDISI, o atacante CARLOS BABINGTON e o ponteiro RENÉ HOUSEMAN.



O tal senhor simpatizou muito comigo, batemos um longo papo no trajeto e chegando ao estádio me disse que trabalhava na secretaria do clube.

Tirou da carteira um ingresso e me disse que aproveitasse bem o domingo para ver um grande jogo e que voltasse ao Brasil com a melhor das impressões sobre o HURACAN.

Me lembrei desta partida, porque hoje DIEGO ARMANDO MARADONA completa 55 anos.
É um dos gênios do futebol nascidos em outubro, como PELÉ e GARRINCHA.

E também porque encontrei as imagens da primeira vez  que vi MARADONA.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

HÁ 50 ANOS, A GRANDE NOITE DE VOLMIR MAÇAROCA





Hoje faz 50 anos de umas das maiores vitórias da história do  GRÊMIO,  um dos grandes grandes jogos do ESTÁDIO OLÍMPICO.

Foi numa noite de quarta-feira, no dia 27 de outubro de 1965, que o tricolor massacrou o PALMEIRAS por 5 a 1, em Porto Alegre, em partida válida pela primeira fase das finais da TAÇA BRASIL, na época, a mais importante competição entre clubes do futebol brasileiro.

O GRÊMIO havia perdido a primeira partida para o alviverde paulistano , uma semana antes,  por 4 a 1, no Pacaembu, e precisava vencer de qualquer maneira para provocar um terceiro jogo extra. O saldo de gols não contava.

O que se viu no OLÍMPICO abarrotado por 51 mil torcedores foi uma partida memorável da equipe dirigida por CARLOS FRONER e uma atuação fantástica do ponta-esquerda VOLMIR.

O jovem ponteiro de apenas 21 anos foi o melhor jogador da partida e simplesmente "humilhou" o lateral-direito titular da seleção brasileira, o grande DJALMA SANTOS.

No final, 5 a 1 para esquadrão tricolor sobre a "Academia", como era chamado o PALMEIRAS, que dois meses antes havia representado a seleção brasileira em jogo contra o Uruguai, nos festejos de inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte.

O GRÊMIO seria eliminado pelos paulistas em partida extra disputada no Pacaembu, por 2 a 0.

Mas o que valeu mesmo, foi aquela vitória histórica e os cinco gols sofridos por um dos grandes times da história palmeirense, na maior atuação da carreira do meu amigo VOLMIR, o incrível MAÇAROCA, que daqui a uma semana vai completar 71 anos de vida e com certeza vai se lembrar desta noite inesquecível para os gremistas.

Renato Marsiglia, Batista, este blogueiro e o grande VOLMIR

27/10/1965
GRÊMIO 5 X 1 PALMEIRAS
Local: Olímpico - Porto Alegre (RS)
Renda: Cr$ 48.557.000,00
Público: 51.000 (recorde)
Juiz: Armando Marques
Gols: Alcindo 34' e 44', Volmir 48', Joãozinho 61' e 84' e Zequinha 71'
GRÊMIO: Arlindo; Altemir, Airton, Paulo Souza e Ortunho; Cleo e Sergio Lopes; Vieira, Alcindo, Joãozinho e Volmir.

Técnico: Carlos Froner
PALMEIRASP: Donáh; Djalma Santos, Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia (Zequinha); Julinho, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo.
Técnico: Mário Travaglini

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SALVE MILTON E BELCHIOR !



Dois craques da Música Brasileira fazem aniversário nesta segunda.

O carioca, mas mineiro de alma e coração, MILTON NASCIMENTO, completa 73 anos.

O cearense de Sobral,  BELCHIOR, chega aos 69.

Há vários pontos em comum nas suas obras.

O começo em festivais de música, as canções inspiradas em viagens pelo interior do país, a verve política e o interesse pela música latino-americana.

Ainda forneceram canções fundamentais para a voz de ELIS REGINA.

E também olharam com carinho para o futebol ao fabricarem dois grandes sucessos: "AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL", de 1970 e "DIVINA COMÉDIA HUMANA", de 1978.








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